Ao contratar um consórcio, é fundamental que você entenda tudo que está envolvido, e quando o assunto é parcela de consórcio, algumas pessoas podem ficar em dúvida de como o cálculo é realizado. Mas não se preocupe, pois, neste post, vamos explicar tudo que você precisa saber a respeito.

Por isso, acompanhe a seguir todas as informações que você precisa saber sobre as parcelas do consórcio e aproveite para tirar todas as suas dúvidas sobre o tema. Boa leitura.

O que são as parcelas do consórcio?

Ao aderir a um grupo de consórcio, você passa a pagar parcelas mensais, a fim de formar uma espécie de fundo comum, que é o que possibilita a aquisição do bem a todos os participantes do grupo. As parcelas são estabelecidas com base no valor da carta de crédito definida, taxas e do prazo de pagamento do plano.

Por exemplo, você contrata um consórcio para realizar a compra de um novo caminhão e entra em um grupo com outras pessoas que também têm o mesmo intuito. Todo mês os participantes realizam o pagamento das suas mensalidades, que abastecem financeiramente o grupo. Quando alguém é contemplado, o valor da carta de crédito é viabilizado e essa pessoa pode adquirir o bem.

Para obter a carta de crédito, você precisa ser contemplado. Isso pode acontecer por meio de sorteio ou lance. Os lances são ofertados previamente à realização da assembleia. Eles aumentam exponencialmente as chances de o consorciado ter acesso antecipado à carta de crédito.

Geralmente, são contempladas as cotas que oferecerem os maiores lances. Entretanto, nesse quesito, as particularidades do contrato de cada grupo devem ser observadas.

Quais impactos elas têm na ação do consórcio?

As parcelas do consórcio estão diretamente relacionadas com as cotas. Ou seja, cada pessoa cumpre um papel dentro do grupo, sendo responsável por um percentual do valor do fundo comum. Cada pessoa recebe uma numeração para sua identificação. Assim, a administradora define qual o valor da composição do fundo comum e o divide proporcionalmente entre as cotas. Assim, as parcelas viabilizam, portanto, a realização do consórcio. É a partir do pagamento do fundo comum que torna-se possível arcar com a carta de crédito para os contemplados.

Da mesma forma, o cálculo das parcelas do consórcio permitem, também, um maior controle financeiro por parte da pessoa. Como as variáveis que incidem sobre os valores são mais controláveis, tem menos riscos que você seja pego de surpresa no futuro.

O que compõe uma parcela?

Para entender o valor das parcelas do consórcio, é importante conhecer cada uma das variáveis que a compõem. Veja a seguir quais são e de que forma podem impactar o valor da parcela ao longo do plano.

Carta de crédito

Esse é o primeiro ponto que influencia no valor da parcela do seu consórcio. A carta de crédito corresponde ao valor do plano escolhido pelo consorciado na contratação do consórcio. Em outras palavras, a carta é como um vale-compra. Com esse vale, o consorciado pode decidir qual bem deseja adquirir dentro da categoria contratada e o dinheiro será repassado a quem fez a venda, após realizados os trâmites necessários para a liberação do crédito. Se optar por não comprar nada, o consorciado ainda pode receber o valor em dinheiro, respeitando as regras estabelecidas em contrato.

Taxa de administração

Outra variável que está relacionada com o valor da parcela é a taxa de administração de um consórcio. Ela é um valor cobrado pela administradora pelo serviço de gerenciamento do grupo, organização das assembleias, prestação de contas, remanejamento necessário de finanças quando há algum tipo de problema, cálculos de reajustes, entre outros.

Assim, esse valor está relacionado com o trabalho de gerenciamento do grupo e, portanto, não é incidência de juros, diferentemente do que muitas pessoas acreditam. Para a composição da taxa de administração, as empresas estão livres para definir a taxa, segundo as normas do Banco Central do Brasil (Bacen).

Fundo de reserva

Outro ponto importante para a composição da parcela é a existência do fundo de reserva. Ele tem um papel fundamental para manter o grupo funcionando mesmo em caso de problemas e necessidade de recomposição do grupo. Por exemplo, se há um alto índice de inadimplentes, isso poderia comprometer a contemplação de outros participantes, o que não é justo, não é mesmo?

Por isso, o fundo de reserva auxilia nos seguintes problemas:

  • cobertura de inadimplência;
  • despesas relacionadas com consorciados e grupos;
  • despesas judiciais para cobrar participantes que tenham atrasado;
  • entre outras questões importantes que exigem medidas imediatas.

Outros

Esses pontos anteriores são os mais importantes para a composição da parcela do seu consórcio, porém, ainda existem outras variáveis que podem fazer parte do cálculo da parcela. Está entre elas, por exemplo, o pagamento de seguro para pagamento de benefícios para consorciados ou herdeiros, em caso de sinistro da vigência do consórcio.

Como ela é calculada?

Outra dúvida que vamos solucionar a seguir é como esses cálculos são feitos por parte da administradora. Essa é uma curiosidade comum de muitos consorciados e por isso queremos explicar como é constituído neste momento.

A primeira parte é ter o valor total da carta de crédito adquirida definido. Para isso, a administradora avalia qual a quantia cobrada no mercado por aquele bem e define que aquele será o valor do documento.

A partir disso, todos os cálculos são realizados em cima de 100% do valor deste montante. O segundo ponto é, também, definir a periodicidade do grupo. Neste caso, a administradora define planos para que a pessoa possa definir as possibilidades de contratação (caso possa ser flexível, a pessoa pode definir entre uma faixa de periodicidade. Por exemplo, se quer fazer parte de um grupo por 36, 48 ou 60 meses).

Com essa informação, podemos ter o valor do percentual que cada mensalidade terá do valor total. Ou seja, em um modelo de contrato no qual a vigência seja de 60 meses, cada mensalidade corresponderia, portanto, a 1,67% do valor total.

Mas e a taxa de administração, como fica? Normalmente as empresas administradoras definem um percentual sobre o valor total da carta de crédito. Por exemplo, o valor total pode ser 10% da carta de crédito e que é diluída nas mensalidades.

Mais uma variável presente: o fundo de reserva. Neste caso, também temos um percentual sobre o total da carta de crédito. Por exemplo, admite-se 2% do valor para gerar o fundo.

Já no caso do seguro, é preciso considerar o contrato com a seguradora e, a partir daí, dividir o valor segundo a duração das mensalidades. Neste caso é um pouco mais complicado de trazer o exemplo prático.

Ok, ficou tudo ainda muito confuso? Vamos a um exemplo prático a seguir, passo a passo:

  • ao começar um grupo de consórcio para aquisição de um caminhão, a administradora analisa o valor do veículo no mercado. Encontra que, atualmente, vale R$ 100 mil;
  • a administradora define que a vigência do grupo será de 60 meses;
  • assim, a parcela para o fundo comum será, por mês, 1,67% do valor da carta de crédito. Dentro deste exemplo, teremos o cálculo de 1,67% de R$ 100 mil: R$ 1670 destinada ao fundo comum;
  • sobre a taxa de administração, neste caso, se for definido 10% sobre a carta de crédito, teremos o percentual dividido pelo número de meses: 0,1667%. Assim, temos o cálculo desta taxa: 0,1667% de R$ 100 mil: R$ 166,7 destinada à taxa;
  • sobre o fundo reserva, pode-se definir 2% sobre o valor da carta de crédito. Em um contrato de 60 meses, incide, portanto, uma taxa de 0,034% todos os meses. Assim, temos o seguinte cálculo: 0,034% de R$ 100 mil: R$ 34;
  • o seguro dependerá do valor da apólice contratada pela administradora e, portanto, vamos deixar essa variável de lado, só para fins didáticos;
  • dentro de tudo que listamos, temos, na composição da soma do valor final: R$1670 (fundo comum) + R$ 166,70 (taxa de administração) + R$ 34 (fundo de reserva) = R$ 1870,80 (somando-se, ainda, o valor do seguro).

E como você viu, não há incidência de juros sobre os valores do seu consórcio. Com isso, você consegue ter um maior controle ao longo do tempo e fazer um planejamento adequado para este fim. Esse é um ponto, inclusive, que coloca o consórcio à frente de outros tipos de investimento para muitas pessoas, pois há menos surpresas no valor final.

Como é feito o reajuste das parcelas do consórcio?

Vale lembrar, também, que os valores das parcelas do consórcio podem mudar ao longo do tempo. Como você viu antes, um dos pontos que influencia é o valor do bem que será adquirido com a carta de crédito. Se ele valorizar ao longo do tempo, isso pode impactar no valor das cartas de crédito ao longo do tempo, sendo necessária a correção.

Por exemplo, se você decide entrar em um consórcio para adquirir um caminhão de R$ 100 mil, mas a montadora realiza um reajuste dos valores para R$ 110 mil, a administradora repassará a diferença para as parcelas, para que, ao final, você receba a carta de crédito que permite, de fato, a compra do item desejado.

Essa correção, portanto, é necessária para manter o poder de compra da sua carta de crédito. Caso contrário, não seria possível adquirir o bem com ela. Então esteja ciente disso quando for realizar a contratação do seu consórcio.

Mas e se você tiver sido contemplado antes do reajuste? Como fica? A resposta é: todos os participantes têm suas parcelas modificadas. Afinal, como falamos no começo, o consórcio é um grupo no qual todos estão contribuindo de forma igualitária, todos podem ser beneficiados e, também, têm responsabilidades equivalentes.

Como fica o cálculo? Neste caso, lembra o que falamos sobre a definição do percentual da carta de crédito para definir a parcela? Então, entra nisso. Se o valor da parcela deve ser 1,67% do valor total, a partir do momento em que há a correção da carta, a mensalidade do fundo comum deve corresponder a esse percentual do montante total.

Nos casos de consórcios relacionados com serviços, podem ser utilizados dois indicadores importantes no mercado para definir o reajuste sobre a carta de crédito: IPCA e INCC. Isso dependerá de quais deles que incidem sobre seu contrato, como uma forma de adequá-lo de acordo com a inflação.

Lembre-se, também, de que como o valor corrigido é o da carta de crédito, a alteração mexe com todos os indicadores que estão ligados com ele. Vamos seguir o exemplo que demos antes:

  • o valor da carta de crédito sobe para R$ 110 mil;
  • o valor do fundo comum passa para R$ 1883,70;
  • o valor da taxa de administração passa para R$ 183,37;
  • o valor do fundo de reserva passa para R$ 37,40;
  • o valor total da mensalidade (descontando o valor do seguro) passa para: R$ 1404,47.

Ou seja, a partir do acompanhamento do valor médio do bem, você consegue ter uma estimativa de que forma terá o aumento ao longo do tempo. Com isso, você consegue, observando o mercado, entender quais serão as mudanças que virão a longo prazo.

Com essas informações sobre as parcelas do consórcio é possível escolher a melhor empresa administradora para conseguir obter melhores resultados e, assim, fazer a contratação do serviço que está mais alinhado com o seu planejamento financeiro.

Ciente disso, você consegue fazer simulações com maior consciência sobre o que está buscando e, também, programar-se para os lances periódicos e potencializar suas chances de ser contemplado durante a vigência do contrato.

Além disso, com tudo que falamos, você tem maior ciência de que pode ter mudanças nos valores ao longo da vigência e em que casos isso pode incidir sobre suas mensalidades. Isso facilita, portanto, a sua organização financeira.

Como você viu, também, não há um plano fixo de parcelas. Por isso é possível conhecer os diferentes planos e, assim, definir qual deles é o mais adequado para o seu planejamento. Para você ter uma ideia melhor de como investir, faça uma simulação gratuita no site do Consórcio Randon!
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