KPIs de logística: os 9 mais usados + fórmulas para calcular!

A gestão orientada por dados, conhecida mundialmente como data driven, é um dos pilares de crescimento de empresas de qualquer porte e segmento. Isso porque os KPIs de logística e outros setores mostram os resultados de ações e estratégias utilizadas, além de orientar o que é preciso mudar nos processos operacionais.

Esses indicadores são essenciais para tomar decisões baseadas na realidade e não em achismos. Eles servem como um guia para organizar a rotina de trabalho, reduzir custos, estabelecer metas, realizar projeções de orçamento e otimizar a produção e as vendas.

Por isso, trouxemos hoje um artigo completo com o que é Key Performance Indicator, os principais KPIs de logística e dicas de como fazer o acompanhamento de desempenho da operação para manter a competitividade e o crescimento do negócio. Vamos lá?!

O que é KPI?

KPI, em inglês, significa Key Performance Indicator e, em português, Indicador-Chave de Performance. Ele é considerado uma ferramenta de gestão para calcular e analisar o desempenho de uma operação, um setor ou um negócio. Para exemplificar, os indicadores de logística contribuem para o correto gerenciamento da área.

Avaliar os resultados operacionais é a melhor forma de entender o que precisa ser mudado e o que está funcionando bem e pode ser replicado para outros setores. A partir deles, é possível criar ou rever estratégias para elevar a produtividade, reduzir custos, otimizar o uso dos veículos, melhorar o controle do estoque etc.

Os KPIs têm fórmulas que reúnem dois ou mais indicadores de desempenho para permitir uma melhor tomada de decisão. Continue conosco para entender qual é a importância de acompanhar esses indicadores e conferir exemplos práticos.

Qual a importância dos KPIs de logística?

Mensurar e avaliar os KPIs do setor de logística é o caminho certo para otimizar os recursos utilizados e elevar as receitas empresariais. Afinal, cada métrica oferece resultados de todo o setor, das entregas, do estoque, da receita, dos gastos, do desempenho da equipe e das operações executadas.

Isso significa que você tem em mãos dados valiosos para entender a performance do setor, identificar problemas e melhorar a saúde financeira da empresa.

Por exemplo, pode-se perceber se a contratação de uma transportadora está saindo cara demais conforme as demandas atendidas, logo, é hora de procurar novas parcerias. Ou, então, identificar como está a produtividade e se os condutores precisam de treinamento.

De modo geral, a análise constante das métricas de logística contribuem para:

identificar os gargalos nos processos;
acompanhar o desempenho e a produtividade da equipe;
aumentar a eficiência do setor e da empresa;
reduzir custos operacionais;
analisar possibilidades de investimentos;
melhorar a satisfação do cliente.

Quais os 9 indicadores relevantes para logística?

Os indicadores relevantes para logística mais usados no mercado são: On Time Delivery (OTD); On Time Shipping (OTS); Order Cycle Time (OCT); On Time in Full (OTIF); Perfect Order Rate (POR); Tempo médio de entrega; Estoque médio; Média de perda do estoque; Eficiência de combustível, Giro de estoque e afins.

Antes de explicarmos para que servem e como calculá-los, é importante ter em mente que cada processo e análise possui um KPI específico.

É claro que alguns deles servem para todos os segmentos e setores da empresa, como retorno sobre o investimento (ROI) e taxa de lucratividade. Por outro lado, os indicadores do setor de logística incluem avaliações de resultados voltados diretamente a essa área.

Confira quais são os mais usados por gestores no mercado!

1. On Time Delivery (OTD)

Esse KPI mede a porcentagem de pedidos entregues no prazo, sem qualquer tipo de atraso, independentemente se eles estavam certos ou não. O cálculo é feito da seguinte forma:

dividir a quantidade de entregas feitas dentro do prazo pela quantidade total de entregas feitas em determinado período;
multiplicar por 100 para calcular a porcentagem.

Por exemplo: se sua empresa fez 300 entregas na semana e 250 chegaram dentro do prazo determinado, o KPI OTD é de 83,3%. O que, na verdade, é ótimo, mas pode melhorar ainda mais!

Continue aprendendo: 4 dicas para você cumprir o prazo de entrega da carga

2. On Time Shipping (OTS)

Esse indicador parece com o OTD, mas a diferença é que ele mensura se o pedido foi enviado no horário (e na data) determinado, ou seja, se saiu da empresa no dia e na hora estipulados para seguir até o cliente. Isso, por sua vez, não avalia se a entrega chegou dentro do prazo.

Seu cálculo é feito assim:

dividir a quantidade de pedidos enviados no horário determinado pela quantidade total de pedidos agendados para o dia durante certo período, como um dia, uma semana, um mês etc;
multiplicar por 100 para obter a porcentagem.

Se, das 60 entregas do dia, apenas 40 foram enviadas no horário combinado, a taxa On Time Shipping é de 66,6%, o que é razoável e pode melhorar muito mais.

3. Order Cycle Time (OCT)

Esse KPI é muito usado por transportadores e e-commerces que recebem produtos prontos para enviar ao cliente final. Ele calcula o tempo que leva para a entrega chegar ao consumidor depois que a empresa recebe a mercadoria.

Para encontrar o OCT, é preciso considerar esse tempo de cada entrega, somá-lo e dividi-lo pela quantidade de entregas feitas em determinado período.

4. On Time in Full (OTIF)

O On Time in Full, em tradução livre para o português, quer dizer Pedido Perfeito. Nessa linha, o indicador de logística analisa as entregas feitas no prazo combinado pela empresa.

A fórmula é: OTIF = P x E x C

Sendo que:

P: pedidos atendidos no prazo;
E: pedidos entregues sem erros;
C: pedidos que atenderam às especificações exigidas pelo cliente.

5. Perfect Order Rate (POR)

Agora, chegou a hora de aprimorar seu acompanhamento do desempenho da operação, medindo a eficiência de todo o processo.

Esse indicador mensura a porcentagem de pedidos enviados sem atraso, erros ou avarias.

A quantidade de entregas perfeitas é medida pelo número de pedidos enviados versus o número de mercadorias que tiveram atrasos, erros ou danos.

Por exemplo:

você teve 1.500 pedidos enviados na semana;
sendo que 100 deles tiveram algum atraso ou falha durante a entrega;
a quantidade de entregas perfeitas é, portanto, 1.400;
a fórmula do POR é: quantidade de pedidos enviados / quantidade de entregas perfeitas x 100.

6. Tempo médio de entrega (TME)

O tempo médio de entrega baseia-se em um cálculo simples: basta encontrar o tempo de cada entrega (desde o pedido até a chegada ao cliente), somá-lo e dividir o resultado pela quantidade total de entregas em determinado período.

7. Estoque médio

Um dos KPIs que mede o volume médio de estoque armazenado ao longo de certo período é o indicador Estoque médio. Ele é calculado pela fórmula:

Estoque médio = (estoque inicial + estoque final) / 2

8. Média de perda de estoque

O controle do estoque inclui também esse indicador para avaliar o que é perdido ou torna-se obsoleto durante a armazenagem, em determinado período.

Esse KPI de logística é essencial para identificar os motivos da perda e encontrar maneiras de reduzi-los ou eliminá-los com foco em evitar custos e desperdícios. As causas podem ser, por exemplo, más condições de armazenamento, eficiência dos colaboradores, roubos, mau gerenciamento etc.

A fórmula é:

Perda de estoque = (quantidade não fornecida / quantidade solicitada) x 100

9. Eficiência de combustível

Há diversos KPIs para realizar um adequado controle de frota, entre eles, o índice de eficiência de combustível para entender o consumo e verificar:

possibilidades de corte de custos;
parcerias com postos de combustível;
manutenção no veículo para corrigir falhas que tendem a gastar mais gasolina, etanol e diesel.

Seu cálculo é feito com a divisão do consumo médio de combustível por quilômetro rodado pela quantidade de horas de uso. A partir dos resultados obtidos, você deve analisar e comparar o consumo de veículo da frota em várias situações e perceber quais são mais e menos eficientes.

Bônus: outros KPIs de logística

Logística reversa: gastos com devoluções.
Demurrages: custos com estadias de condutores.
Gerenciamento de pedidos: identifica-se quanto custa o processo de pedidos.
Giro de estoque: mede como está o uso do estoque e os produtos que têm mais e menos saídas.
Taxa de extravios e roubos: fundamental para entender as despesas geradas por imprevistos.
Mercadorias com avarias: faz o acompanhamento do desempenho da operação, mensura quantas mercadorias foram entregues com erros e devolvidas pelos clientes. Esse indicador permite encontrar em qual etapa do processo houve problema e causou o dano ao produto.

Lembre-se sempre de contar com bons sistemas de gestão de logística para acompanhar métricas e indicadores em tempo real, agilizando a otimização de processos e a criação de estratégias para reduzir erros e danos e diminuir gastos desnecessários e perdas, além de aumentar a satisfação do cliente e o índice de performance do setor.

Defina um período para calcular e avaliar os KPIs de logística e tomar decisões mais precisas, identificando, por exemplo, se precisa aumentar ou renovar a frota. Caso sim, saiba que o consórcio de veículos leves, comerciais e pesados é ideal para planejar compras de alto valor a médio e a longo prazo.

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